Sabe-o quem já fez uma corrida: a última parte do trajeto exige um esforço especial. E é bom que o empenho que nos levou até tão longe não esmoreça quando estamos já quase a cortar a fita.
A última milha da logística requer uma especialização e um esforço próprios, e é fundamental para a atividade comercial nos tempos atuais ter uma perspetiva das suas complexidades.
Neste artigo, vamos explorar o conceito de última milha, os seus dilemas e as soluções para estes que o futuro pode revelar.
O que é a última milha?
A última milha, ou último quilómetro – expressão que surgiu como tradução direta do inglês last mile – refere-se à última parte do percurso no envio de uma encomenda, que se inicia tipicamente na prateleira do armazém no centro de distribuição e termina no cliente final. O termo pode ser também usado noutros contextos, como as telecomunicações ou o transporte de pessoas.
Como veremos, devido às características específicas desta fase do processo, faz sentido pensar na última milha como um conceito individual, um “mundo em si mesmo”, e trata-se de uma área cada vez mais estudada e analisada.
A importância da última milha
O crescimento do comércio pela internet, que se intensificou desde o confinamento, e o aumento do volume de entregas de encomendas que o acompanha, faz com que as questões relacionadas com a última milha tenham cada vez mais relevância.
Isto é especialmente claro à luz do facto de que é um dos fatores mais importantes para a satisfação e fidelidade do cliente. As expectativas em termos de rapidez, conveniência e qualidade do serviço são altas e não corresponder a elas pode ter consequências pesadas, do ponto de vista das empresas.
Devido aos custos e complicações envolvidos nesta fase operacional – basta pensar em tudo o que acarreta a manutenção e atividade de uma frota de veículos, no caso das empresas que fazem as suas próprias entregas – há uma grande ênfase na eficiência. Uma estratégia bem pensada e executada proporciona um enorme retorno e pode fazer toda a diferença.
Os desafios da logística de última milha
O uso da expressão “problema da última milha” tornou-se comum no mundo empresarial para referir o facto de que o troço final do percurso do produto até chegar às mãos do consumidor é frequentemente o que envolve mais custos. Isto sucede devido às dificuldades envolvidas na distribuição capilar.
Por exemplo, em áreas rurais, há menos recursos disponíveis e menos encomendas para entregar, pelo que é necessário percorrer distâncias maiores entre entregas, o que faz com que os custos por cada uma aumentem. Nas cidades, por outro lado, existe o problema do tráfego, dos problemas de navegação e do grande volume de encomendas para processar.
Há também um nível elevado de expectativas da parte do cliente. Estas expectativas envolvem não apenas a agilidade na entrega, mas também outros fatores fundamentais, como a transparência do processo, representada pela possibilidade de seguir a encomenda. Adicionalmente, e em particular no caso do comércio online, no qual muitas vezes não há outro contacto direto entre a empresa e o cliente a não ser através da entrega, é obviamente importante contar com um serviço de transporte que passe uma imagem de profissionalismo e cuidado, quer este serviço seja interno ou contratado a uma terceira parte.
Finalmente, a quantidade crescente de encomendas criou um problema urgente a nível de sustentabilidade. As emissões de CO2 geradas, o tráfego automóvel e o esforço para as infraestruturas são hoje uma grande preocupação, e os estudos na área preveem que a situação continue a piorar se nada for feito.
O nosso papel
Sente-se atualmente a necessidade de encontrar novas soluções para a última milha, e é esse o contexto para a atuação da InPost. A nossa abordagem tem-se afirmado como uma estratégia altamente vantajosa e cada vez mais popular, baseada na entrega ao NÃO domicílio. O uso de Pontos Pack e Lockers permite conjugar a rapidez, a comodidade para o cliente e a preocupação com a sustentabilidade. Acreditamos que este é o caminho do futuro.
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